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2012 - Livro Vermelho 2013

Ocotea silvestris Vattimo-Gil LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 09-04-2012

Criterio:

Avaliador: Maria Marta V. de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Aespécie ocorre nas regiões Sudeste e Sul, com EOO de 652.390 km², inclusive em unidades de conservação (SNUC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Ocotea silvestris Vattimo-Gil;

Família: Lauraceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Ocotea silvestris tem como características diagnósticas apresença nas folhas, principalmente na face adaxial, de pontoações glandularesenegrecidas, visíveis ao aumento de 40x e frutos globosos ou elípticos, sobcúpula pateliforme, margem dupla, apresentando cicatrizes vestigias das tépalasparcialmente persistentes. Nomes populares: "canela-copaíba", "canela-preta" (Quinet, 2008). Em material vivo, a coloração da flor varia de branca a creme. Pode ser confundida com O. glaziovii, mas nessa o pecíolo é mais espesso e o fruto é globoso (Brotto, 2010).

Dados populacionais

Espécie considerada comum no Sudeste do país por Caiafa; Martins (2010). Em Camaquã, RS, foram amostrados 10 ind./ha (Jurinitz; Jarenkow, 2003). Foram estimados 10 ind./ha no município de Siderópolis, SC (Martins, 2010). Em Dom Pedro da Alcântara, RS, foram estimados 23 ind/ha (Rücker, 2007). Em Piedade do Rio Grande, MG, foram amostrados cinco ind. (Carvalho et al., 2007). No Parque Estadual Carlos Botelho, SP, foram amostrados 18 ind. (Dias, 2005). No Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, foram amostrados 12 ind. (Davison, 2009). Na Parque Prainha, Caconde, SP, foram amostrados nove ind. (Dias, 2010).

Distribuição

Espécie de ampla distribuição ocorre nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul (Quinet et al., 2011).

Ecologia

Árvore com ca. 14 m alt. Dióica. Floresta Ombrófila Densa Montana e Baixo-montana. Floração e frutificação: floresce de dezembro aabril e julho e frutifica de fevereiro a abril e em junho e de agosto aoutubro (Quinet, 2008). Possui frutos dispersos por animais e apresenta características de dossel, com tolerância à sombra (Ribeiro et al., 2007).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A cobertura florestal no Rio Grande do Sul, que inicialmente correspondia a cerca de 40% do território, encontra-se reduzida atualmente a apenas 6,8% da original (Jurinitz; Jarenkow, 2003).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul(CONSEMA-RS, 2002).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: No Paraná a espécie ocorre nas áreas protegidas do PARNA Saint Hilaire/Lange e próxima a RPPN Serra do Itaqui e RPPN Salto Morato (Brotto, 2010).

Referências

- QUINET, A. O Gênero Ocotea Aubl. (Lauraceae) no Sudeste do Brasil. Tese de doutorado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2008.

- JURINITZ, C.F.; JARENKOW, J.A. Estrutura do componente arbóreo de uma floresta estacional na Serra do Sudeste, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasil. Bot., v. 26, n. 4, p. 475-487, 2003.

- RIBEIRO L.F.; THOMAZ L.D.; MILEIPE J.C. Caracterização da comunidade arbórea de um fragmento de floresta ombrófila densa montana (Santa Teresa ? ES) a partir de grupos ecológicos de seus diásporos. Natureza on line, v. 5, n. 1, p. 1-9, 2007.

- BROTTO, M.L. Estudo taxonômico do gênero Ocotea Aubl. (Lauraceae) na Floresta Ombrófila Densa no Estado do Paraná, Brasil. Tese de Doutorado. Curitiba, PR: Universidade Federal do Paraná, 2010.

- CAIAFA, A.N.; MARTINS, F.R. Forms of rarity of tree species in the southern Brazilian Atlantic rainforest. Biodivers Conserv, v. 19, p. 2597-2618, 2010.

- RÜCKER, A. Clareiras formadas pelo furacão Catarina e a sua importância na manutenção da diversidade em floresta ombrófila densa no Sul do Brasil. Porto Alegre, RS: , 2007.

- MARTINS, R. Composição e estrutura vegetacional em diferentes formações na floresta atlântica, Sul de Santa Catarina, Brasil. Tese de doutorado. Porto Alegre, RS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2010.

- CARVALHO, W.A.C.; OLIVEIRA-FILHO, A.T.; FONTES, M.A.L.; CURI, N. Variação espacial da estrutura da comunidade arbórea de um fragmento de floresta semidecídua em Piedade do Rio Grande, MG, Brasil. Revista Brasil. Bot., v. 30, n. 2, p. 315-335, 2007.

- ANTONIO CECILIO DIAS. Composição Florística, Fitossociologia, Diversidade de Espécies arbóreas e comparação de métodos de amostragem na Floresta Ombrófila Densa do Parque Estadual Carlos Botelho, SP. Tese de Doutorado. Piracicaba, SP: Universidade de São Paulo, 2005.

- DAVISON, C.P.D. Estrutura de clareiras e a presença de bambus em um fragmento de Floresta Atlântica, SP, Brasil. Dissertação de mestrado. São Paulo: Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente, 2009.

- DIAS, G. Florística e fitossociologia das espécies arbóreas de ocorrência em mata ciliar no Alto Rio Pardo, na Estância Climática de Caconde - SP. Dissertação de mestrado. Rio Claro, SP: Universidade Estadual Paulista, 2010.

- QUINET, A.; BAITELLO, J.B.; MORAES, P.L.R.D. Lauraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB008441>.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

Como citar

CNCFlora. Ocotea silvestris in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Ocotea silvestris>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 09/04/2012 - 12:58:10